sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Tristeza

Sei que vou soar dramática, mas essa semana uma parte de mim se apagou. A minha porção rebelde está em estado de coma desde quando confirmei as suspeitas de anos atrás, quando um amigo de família "entregou" que o PT foi criado para controlar os trabalhadores, mantê-los satisfeitos na ilusão de representatividade. Ele me vendeu um peixe pra lá de podre - mas me ensinou uma lição. Nem tudo o que você vê é o que acontece. E às vezes acontece, mas não pelos motivos que parecem.
Já sabia de tudo, mesmo antes da encenação ridícula na assembleia patética a qual não compareci - sabia que eu não ia gostar daquilo, desde que se falou em conciliação, parei - isso não dá certo nem em divórcio, quem dirá num movimento que deveria ser grande e de certa forma foi, mas não fez nem cosquinha. Que New York que nada. Brasília é a capital da pizza, e fomos convidados pr'aquela festa pobre, bater palma pra maluco dançar... 
Sabia que os dirigentes iam jogar. Sabia que os articuladores na verdade não articulavam nada, eram eles os articulados. Bonecos, fantoches. Sabia, desde Abril eu sabia. Eu via. Acham que é pouco tempo, tem quem já saiba há muito mais, mas estou há pouco nessa categoria, e apesar de já ter me decepcionado com Uniões e movimentos sindicais pela vida afora, ainda mantinha fé no ser humano, naquele que a máquina tenta engolir, mas de alguma forma ele resiste, dá pirueta e depois de muita luta, se liberta. 
O cheiro de mofo voltou a reinar. Terei outra chance de tirar minha rebelde interior do CTI? Agora só o tempo poderá dizer. E me reservo o direito de me calar (como se faz pateticamente com futebol e religião) a partir de hoje, pois no momento estou cercada de urubus, prontos a trucidar meus pobres argumentos, mesmo eles não os tendo nenhum. Perdi a moral. Foda-se.

marradinhas fracas - pega leve, cansei né...
 

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