terça-feira, 19 de novembro de 2013

Aproveitando que tou "azeitada"...

Não vou nem falar do Dia da Consciência Negra, porque estou com um artigo cozinhando (e uma ação penal logo em seguida, rs) e não quero desandar o angu. Mas quero continuar a encher o saco com a religião. O que dizer de uma situação hipotética, onde uma pessoa (hipotética) prega, e faz, as maiores barbaridades, do tipo desonestidades mesmo, tirando vantagem de situações, o famoso "jeitinho brasileiro"; critica pessoas e atitudes "do bem", como reciclagem e pessoas que resgatam animais abandonados e por outro lado, se recusa a colocar seus filhos em escolas boas, porque são escolas "de irmãs" (católicas), e por ser essa pessoa Protestante (evangélica)? Hipoteticamente mando essa pessoa chupar um prego? Ou gentil e docemente, como é de meu feitio (pfffffffffff), explico para essa pessoa fictícia o absurdo que é o seu comportamento, e a bagunça que é sua pequena e obtusa mente?
Infelizmente, pessoas como a Dona Hipotética do parágrafo anterior existem. Mas felizmente, não são maioria do grupo de Protestantes. Sei lá, não tenho estatísticas, mas é aquilo né. Sei que encontrei um diferente dela quando demoro a descobrir que ele/ela é "da Igreja", e quando descubro não me espanto. Porque são pessoas que não empurram sua fé nos outros, mas antes fazem da sua crença algo real, algo que aplicam ao seu dia a dia. 
Sem marradas, foi só pra concluir o raciocínio, que o outro post tava grande pra chuchu. 

domingo, 17 de novembro de 2013

Enervada

Estou há muito tempo travando uma luta dentro da minha cabeça em relação àqueles temas "que não se discutem". Por vários motivos. Futebol não discuto mesmo, porque as minha opiniões são pessoais, apesar de ter argumentos lógicos para ser contra. É uma das coisas em que pesa mais a emoção do que a razão, e acho que o ser humano ainda não está evoluído pra entender o sistema. Política eu discuto mesmo, a não ser que o cidadão vire as costas e saia de perto de mim, e mesmo assim ainda é capaz de eu ir atrás e continuar "dando sermão". Religião, até bem pouco tempo, não discutia, simplesmente porque acredito que é um caminho pessoal. Depende mais de você mesmo do que de terceiros. E em geral, ao contrário de Política ou Futebol, não afeta o coletivo. Até agora. Discutir o Estado Laico, sim ou não?
SEMPRE!!! Não interessa a minha religião. É aquilo que eu falei, uma escolha pessoal e intransferível. Se você quer usar um vestido longo de manga longa e coque, se usa camisetas como "I <3 Jesus" escrito, faz escarificação ou usa um quilo de guias no pescoço, é com você. Desde que não interfira na minha vida, nem da vida das pessoas que eu prezo, como meus alunos.
Meu trabalho me fez bater de frente com a realidade da ignorância, fruto da não separação entre religião e política, que existe entre pais e entidades (ops) envolvidas em Educação. Diz-se que o Brasil é um Estado Laico, ou seja, que o Estado não deve se envolver em questões religiosas, no âmbito de sua administração. Isso está bastante claro no artigo 5 da Constituição Brasileira. Em outras palavras, "eu não me meto com sua religião, e vice-versa". Sendo que o "vice-versa", não acontece. As escolas a princípio não deveriam ter a disciplina Ensino Religioso. Por outro lado, como Educação e Cultura andam juntas, como não falar na contribuição dos ritmos dos cultos afro na formação da língua e do folclore brasileiro?
Não gosto que questionem meus métodos, a não ser que não estejam funcionando, ou os alunos não estejam se adaptando (o que nessa altura do campeonato é muito difícil acontecer sem que eu perceba e mude de orientação). Não gosto, principalmente, quando pais vem se queixar porque estou falando de Halloween, e me deparo com as crianças (mal) influenciadas pelos pais dizendo que isso é "macumba". Acho um duplo desrespeito, com a cultura afro que nos trouxe o culto/instrumento musical. E por que não, acho uma baita falta de consideração com a cultura celta, que nos deu as festas que estão atualmente em vários países, e não só nos Estados Unidos, para quem ainda não me conhece parar de me chamar de "baba ovo dos States".
Quero só ver, próxima semana temos o "Thanksgiving", e aí ninguém reclama né, quando os "peregrinos" que massacraram os índios americanos fazem aqueles banquetes nababescos com aves obesas e se entopem de comida pra agradecer pela pseudo-prosperidade deles...
Semana que vem tem mais reclamação. Isso não é uma ameaça, hehe.
Marradas ritmadas