segunda-feira, 20 de outubro de 2014

"Sim! Eu posso"

Ao final do treinamento que fiz para o cargo que já ocupo interinamente, mas que agora exige qualificação, as pessoas que estavam palestrando, com a clara intenção de fazer uma "lavagem cerebral" nos mostraram uma série de vídeos e imagens motivadoras, e a que mais me chamou atenção foi uma mais ou menos assim:


E apesar de muito feliz ao ver que meus pares não estavam dispostos a ser doutrinados, já que muitos questionavam diversos procedimentos e normas aplicadas ao sistema do qual fazemos parte, foi inevitável a imagem mental que me veio ao ver aquela figura no slide. Ao nos colocarmos como pessoinhas compondo uma engrenagem, uma metáfora de como devemos trabalhar juntos para que o trabalho produza frutos, pensei em como a engrenagem oprime o trabalhador, e que a partir de agora serei eu uma das peças desse sistema, fazendo com meus colegas mais ou menos isso:




Isso me deprimiu um pouco. E o pior e que me sinto presa na mesma engrenagem que esmaga e tritura sem distinção todos os que se aproximam dela. Não é vitimização, é apenas uma triste constatação. O estilo de vida "low profile" (a que me condicionei ao longo desses anos, e que me impedia de fazer loucuras, tipo me matar de trabalhar para bancar um carro do ano ou uma viagem nababesca, que pouco iriam me valer caso tivesse uma isquemia) virou uma salada estranha onde entra uma sociedade que ainda não me dá lucro, uma prestação inusitada a reboque, e uma financiamento imobiliário que vai engripar de vez com meu "delicado" corpitcho as engrenagem malvadas. Isso tudo elevou minha expectativa de ganhos, e a necessidade de trabalhar mais. Isso me irrita, nao porque nao goste de trabalhar, mas porque nao queria elevar minha expectativa de ganhos a ponto de ter de mudar de faixa no IR, por exemplo. Isso é um tipo de preocupação que eu não queria ter. 
Enfim. Sempre resta uma esperança. As eleições estão ai. A gente nunca sabe o que pode acontecer. É bom não lamentar a sorte agora. Só dá pra saber se ela é boa ou má quando a próxima vier...  
Marradas cautelosas

Gosto

E aí a nova razão da existência dos emburrados e "do contra" de plantão chega a mídia e se concretiza na etapa das capacitações: o tal Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio. Tão grande o nome que abreviei no rascunho. Acho interessante como tudo que os radicais rejeitam ou defendem nos chega filtrado de detalhes, e o "telefone sem fio" se encarrega de piorar tudo. Nem vou perguntar ao xiitas de plantão se eles procuram a fonte para se informar antes de formar suas opiniões. Também vou me abster de comentar o que acho do tema lá do inicio do parágrafo. Certas pessoas ditas "revolucionárias"são, a meu ver, tão submissas quanto as que se submetem. Você também e manipulado se aceita tudo que seu companheiro de luta "informa" a você. 
Digo com todas as letras: como ser (muito) pensante que sou, me recuso terminantemente a engolir verdades absolutas. Desconfio sempre das verdades absolutas. Mas eu gosto de fuçar, pesquisar, ler, me informar. Infelizmente nem todo mundo e assim. Já repensei muitas ideias que tinha, confesso sem vergonha nenhuma. Algumas questões ainda se mantém plausíveis para mim, outras me parecem muito bobas, não funcionam mais. Ajuda muito passar por todos os lados da situação (meu caso). Uma coisa e certa: sem princípios, você se perde. Isso e algo que nunca podemos esquecer ou mudar em nos. Senão, até o mais revolucionário se torna um odioso reaça. Afinal, como diz o ditado "é a roupa que faz o monge" Marradas "a little to the left, a little to the right"