quinta-feira, 20 de junho de 2013

Sacerdócio tem limites!!!

Hoje me dei conta de que tem quase dois meses que não escrevo aqui. Mas isso tem justificativa. Há coisa de um mês entrei em modo "slave". Diminuí o ritmo em sala, mas estou trabalhando todos os dias, em outros projetos, tão absorventes quanto as aulas, se não mais. Por um lado está sendo bom, enriquecedor, e de certa forma tenho o melhor dos dois mundos. Por outro, e o que me leva ao post de hoje, está sendo desafiador demais, e não no bom sentido.
Bom, todo mundo sabe (ou deve ter deduzido) que sou meretriz da Rede Pública de exploração do Magistério, e que também faço uns michês para uma casa particular de ensino de idiomas. Bem, nesta última entrei por "hobby", mais do que pela grana, até porque, por incrível que pareça, eles pagam BEM menos que na rede Pública. E isso é mais comum do que se imagina. O caso é que, apesar de só estar em sala nesse curso no momento, e de gostar muito de lá, estou meio que me decepcionando cada dia mais e mais. E isso é legal (!), porque me fornece dados pra analisar e chegar a conclusão óbvia: salário bom não é tudo, mas quando tudo vai mal, sem dúvida faz diferença o valor que se recebe. Não pretendo largar, até porque ainda é uma parte boa da minha vida, e nesse momento o único lugar onde estou lecionando, mas vou reduzir minha carga horária sim.
O curioso é que soube que a diretora comentou a respeito dos valores pagos. Parece que quem quer ganhar aumento tem que bater na porta dela e pedir, explicando porque merece ganhar mais. Isso me leva a dois pensamentos: primeiro, o que a leva a crer que a contrapartida que ela dá (se é que dá alguma) é boa o suficiente para isso? (em outras palavras, que moral ela tem pra achar que tá podendo assim?); segundo, no contexto atual, em que existem centenas de cursos de idiomas catando papel na ventania (eles inclusive), caçando professor desesperadamente, essa atitude poderia ser encarada como inteligente do ponto de vista empresarial? Seria melhor se ela fizesse um plano de carreira, mas não dá tempo pra isso, já que a alta rotatividade dos funcionários não permite que tenham uma carreira sólida por ali, e me dá uma boa pista do valor que ela dá ao pessoal, e o que ela prioriza em seu negócio. E garanto a vocês, também não é manutenção física nem de equipamentos. Enfim. Vivendo e aprendendo.
Não quero que isso soe como comentário maldoso. Gostaria até de poder fazer uma crítica construtiva, diretamente a quem de direito, mas sei que não seria possível, principalmente porque tudo que eu falo soa menos como crítica construtiva que como projeções venenosas, hehe. Sendo assim, fica em "off', a título de desabafo, como tudo aqui nesse bloguin.
Marradas "venenosas", hihihi.