quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Ainda de Lawrence

Esqueci do pequeno detalhe na divulgação desse blog: ele vai para o Twitter, e tenho um Twiterfeed no Facebook... bummer. Bom, azar. Quem se revoltar com minha "gororoba" digital e não voltar mais vai perder a sobremesa show de bola. Povo besta e sem paciência.
Como eu ia dizendo naquele outro post, tivemos nossos benefícios. Em nenhum momento disse que essa viagem foi perdida. Só queria que tivesse sido mais de acordo com o que pensávamos!
Para citar uma coisa boa: materiais. De fotos a lembrancinhas, passando por cupons e folhetos dos lugares que visitamos, tudo super bem feito, e que serve como base (o nosso "content") para aulas mais dinâmicas e realistas. Hoje mesmo já usei algumas fotos para "conquistar" uma turma difícil, que não se conformava em não estudar com uma outra professora e ameaçava se "amotinar"... em cinquenta minutos, apaixonaram-se pela "Jayhawk Baixadeira", hehehe... é claro que isso foi no curso de línguas; ainda não sei qual vai ser a reação na escola pública mesmo, principalmente depois de um mês sem dar as caras, já que nos deram os dias de férias que passamos fora. É bem capaz de me ignorarem ou perguntarem: "ah, professora, porque você não ficou por lá? Tava tão bom sair mais cedo/entrar mais tarde/ficar de bobeira no pátio!!!"
Outra coisa boa: por mais que o curso em si tenha sido um fiasco, a experiência de estar em outro país, com pessoas falando naturalmente o inglês bem à sua volta é singular. E testar seu nível de interação com um falante nativo é uma massagem no ego, a depender do quanto o seu interlocutor vai te compreender. Sim, é relativamente fácil para brasileiros entenderem um americano "culto", mesmo que seu nível não esteja muito bom. Difícil mesmo é se fazer entender, por melhor pronúncia que tenhamos, simplesmente porque a questão não é a pronúncia. Mas isso não é assunto pra hoje. Nem pra cá, meus queridos... se querem saber mais, inscrevam-se no programa e vão lá descobrir, ora!!
A experiência foi mesmo bastante interessante, do ponto de vista, digamos, "antropológico". Mas foi sofrida pra dedéu. Ainda estamos colhendo os frutos amargos dessa aventura meio louca. Pelo menos foi um pouco mais proveitosa que a última empreitada à la "Big Brother" que tentei. É, pode falar, sou meio pirada mesmo...

Marradas "Pattern B" (Essa é piada interna. Valeu gente!!!)

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Retrospectiva Lawrence

"People", mil desculpas por ter deixado de postar sobre a viagem. Bom, pra resumir tudo, a viagem foi super tumultuada, fiquei ocupada com os trabalhos e... bem, preciso resumir pra vocês de algum jeito, então vamos lá.
Primeiramente, quero deixar bem claro que isso aqui é meu "women's cave", e parto da premissa que nessa bagaça quem manda sou eu e as opiniões expressas aqui são sim de inteira responsabilidade MINHA, e é exatamente por isso que certas coisas aqui nunca irão para o Facebook por exemplo, ou para o blog de crônicas.
Dito isso, e vocês irão entender o porque disso em um segundo (ou minuto, dependendo do quão lentos vocês são, huahuahua), passo a descrever o que foi esse treinamento. Basicamente, um truque político muito bem arquitetado para mostrar que nosso governo está muito preocupado com a Educação Pública no país. Estão tão preocupados que mandaram professores altamente qualificados (fizemos um teste de proficiência, tá? E fomos muito bem!!) estudar nos Estados Unidos, mas estudar o quê? Pronúncia, redação e cultura dos Estados Unidos, mais precisamente do meio-oeste dele. Hum.
Preciso dizer: estou falando por mim, e por meu grupo, pois tirando uma meia dúzia de seis ou sete, nos sentimos inferiorizados com a situação. Mas tenho certeza que a maioria vai preferir calar, ou porque são muito polidos (sou da pedra lascada, então, "bite me"), ou porque os benefícios extra compensaram. É claro que os benefícios existiram, e vou falar deles muito em breve, mas não antes de deixar as coisas bem claras: poderíamos ter ido muito melhor. E não é só papo de inconformista não. Faltou, no mínimo, boa fé dos nossos caros “yankees”, ao não nos tratar como bons profissionais em busca de aperfeiçoamento que somos. Sobrou “underestimation” e inferiorização no planejamento e execução de algumas atividades. A nossa sorte foi que tivemos alguns professores sensíveis as nossas questões e que prontamente nos ajudaram, como puderam, a fazer o que realmente fomos lá para fazer: aprender a ensinar cada vez melhor uma segunda língua. (Thank you, Dawn and Tracy!!!).
Não quero desanimar ninguém, esse é um ótimo plano, principalmente se pensarmos no que foi gasto em nosso "benefício", esse entre aspas porque na prática vimos muito pouco do montante que (descobrimos) foi reservado para essa "superprodução". É claro que a infra estrutura era excelente, apesar do lugar ser quase inóspito, e que os materiais, livros e as "field trips" sem dúvida custaram um bocado. Mas, enfim... Aos próximos bolsistas que me perguntarem, direi cobras e lagartos, mas direi também que fomos os pioneiros, que eles vão tentar melhorar nas próximas, tal e coisa... mas tenho a impressão que não vai adiantar muito. Os que ainda acham que tudo o que vem dos Estados Unidos é perfeito vão me olhar como se eu fosse uma alien, mas só eu saberei que eles também irão se tornar aliens também, só que menos conscientes.
Marradas com conteúdo (content-based?)