Uma dica, meio óbvia: quando comprar livros em
sebos virtuais, verificar sempre seu pedido antes de confirmar.
Acabei de receber um livro que pedi. A coleção correta (Para gostar
de ler – Editora Ática), o volume errado. Chato. Esse volume eu
até nem li,mas queria o outro, que já tinha lido, só por causa de
um conto. Era “Teleco, o coelhinho”, de Murilo Rubião. “Ah,
que bonitinho, pensou em passar pros seus alunos na Páscoa?”. Ack.
Que nada. Gosto desse conto. O surreal não espanta nele. O que
surpreende é a humanidade. Amo essa desconstrução da normalidade
que Murilo Rubião promove nesse conto.
Aí justo nessa semana tipo “inferno astral”,
onde deito fogo pelas ventas (além do meu normal, é claro, hehe),
resolvem me provocar. Mas não satisfeitos, os provocadores querem
que eu participe da “festa”. Desnecessário, né? Dá pra
explicar: Depois de ignorarem completamente meu trabalho,
subestimando a importância da “Língua Estrangeira Moderna” para
o momento no país, com a Copa, as Olimpiadas e blablablá (hate that
stuff), ainda inventam uma bosta de projeto comédia, que só podia
ter saído da cabeça de uma Pedagoga (Desculpe gente, que vocês
foram pra Faculdade que nem eu, mas né...? ) que a princípio seria
uma ótima oportunidade de entrelaçar todas as disciplinas, mas que,
além de anular completamente cada uma delas, o faz em detrimento do
conteúdo principal! Afinal, que maluquice é essa de falar sobre a
natureza, e dividir as turmas e professores orientadores por
“elementos da natureza” (sic), a saber: fogo, terra, água e ar.
Peraí: fogo? Como assim? E quer que eu fale sobre o “fogo que
destrói” ou o “fogo que constrói”? Eu, nem um pouco sutil,
tive que perguntar: “Aham, e o que tem isso a ver com minha
matéria?” ao que a 'Pedabesta' responde: “Não precisa ter NADA
a ver com sua disciplina! Os professores vão pensar em uma tarefa em
conjunto pros alunos apresentarem no estande!”. Com um sorriso de
meio metro na cara. É claro, pra ela é lindo, é fácil dizer.
Professora polivalente. “I'm sorry”, tenho imenso respeito por
cada uma das minhas professoras primárias, lembro de todas com
carinho, aprendi a ler com elas e só por isso já as reverencio, mas
é isso aí. Esse é o papel delas. Não inventar papagaiada pra dar
nota pra aluno. Ah, e nem me fale disso, que já foi outra que tive
que engolir. Nota pra SAERJinho e DOIS pontos pra esse projeto que
não tem nada a ver com a porcaria da minha matéria!!!! Faça-me o
favor: Parem essa 'joça' que eu quero descer.
O mais engraçado: não atingimos as tais metas
ano passado por causa do turno mais engajado pedagogicamente da
escola (matutino). Nossa meta de aprovação (turno da tarde) foi cumprida com folga, o da manhã não, resultado que nos deixou a UM ponto de receber o bônus maravilhoso de Seu Cabralzito, hehe. Tenho
orgulho (!!!) de dizer que tanto o índice horroroso de 2011 quanto o
índice um tanto melhor de 2012 se devem (boa parte deles) a mim,
junto com Ciências e Matemática. E me orgulho principalmente porque
não mascarei UMA nota sequer. Simplesmente aprendi a língua deles,
e eles em troca tentaram aprender a minha. Se funciona pra todo mundo
não sei. Só sei que comigo funcionou, e vou continuar fazendo isso.
Mas esse ano fiquei mais satisfeita ainda de não ter ganho os
salários extra. Hehe.
Marradas ácidas (agora sim)
